Nuova collaborazione Casa della poesia e il Fatto Quotidiano
04/04/2011

Tisane. 18 Poesie

Tisane. 18 Tisanas. 18
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C’era una volta una città abitata da parole in cui ciascuna viveva in casa propria con le porte chiuse ma si facevano costantemente visita o uscivano in strada e passeggiando incrociavano le altre parole e si salutavano ma con la crescita progressiva della città le parole quando uscivano in strada cominciavano ad urtarsi tra loro e urtandosi si ritiravano incollerite e tornavano a casa ma non tornavano più come erano uscite e dentro casa crescevano per effetto di una collera tardiva e ricordando sempre le altre parole incominciavano a crescere dentro le loro case e alla successiva uscita in strada erano ormai trasformate e quando incontravano di nuovo altre parole accadeva sempre la stessa cosa e ritornavano a casa e continuavano a crescere e sempre in direzioni diverse e crescevano tanto da non riuscire più a chiudere le porte e nuove braccia aprivano le finestre e la collera si arrampicava sulle pareti e incominciavano a scavare il soffitto e legate al piano superiore si intrecciavano alla parola dell’altro appartamento che anch’essa incollerita raggiungeva ormai il tetto e saliva lungo l’antenna della televisione e gridava incollerita contro le parole degli altri palazzi che già si innalzavano nel cielo e l’intera città gridava e non c’era più spazio perché le parole crescessero se non avviluppate le une alle altre e lo loro grida si confondevano e le parole erano tutte irrimediabilmente unite e gridavano tutte allo stesso tempo così che in lontananza era un solo enorme grido che più in lontananza si trasformava in sussurro e ancora più in lontananza non si sentiva nulla.
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Era uma vez uma cidade habitada por palavras em que cada uma vivia em sua casa coma s portas fechadas mas costantemente se visitavamo u então saíam para a rua e passando cruzavam-se com as outras palavras e saudavam-se mas com o crescimento progressivo da cidade as palavras quando saíam para a rua começavam a chocar umas coma s outras e chocando-se retiravam-se encolerizadas e regressavam a casa mas já não regressavam como haviam saído e dentro de casa aumentavam por um efeito de cólera morosa e sembrando sempre as outras palavras começavam crescendo dentro suas casas e da próxima vez que saíam para a rua já iam transformadas e quando encontravam outra vez as outras palavras passava-se outra vez a mesma coisa e regressavam a casa e continuavam a crescer e sempre em direcções diferentes e cresciam de tal modo que já não conseguiam fechar as portas e novos braços abriam as janelas e a cólera tremava pelas paredes e começavam e escavar e tecto e ligadas ao andar de cima entrelaçavam-se à palava do outro appartamento que também estava encolerizada e já chegava atéa o telhado e subia pela antena da televisão e gritava encolerizada coma s palavras dos outros prédios já subendo pelo céu acima e toda e cidade estava aos gritos e já não havia mais espaço para as palavras crescerem a não ser emaranhadas umas nas outras e os seus gritos confundiam-se e as palavras estavam todas unidas irremediavelmente e gritavam todas ao mesmo tempo de modo que ao longe era um só grito enorme que mais longe se transformava num sussurro e de muito mais longe até não se ouvia nada.
Adelina Aletti