A Maceió, nei negozi di ferramenta,
la notte giunge che il sole è ancora chiaro
sulle strade ardenti. Un’altra volta il silenzio
verrà a turbare gli abitanti di Alagoas. Lo scorpione
invocherà un rifugio nel mondo desolato.
E l’amore si aprirà come si aprono le conchiglie
nelle secche marine, fra i sargassi.
Negli scaffali, gli utensili sussultano
quando le porte si chiudono con stridore.
Cacciaviti, viti, madreviti,
ciò che chiude e ciò che apre si riuniscono
come una promessa di costellazione. E solo allora è notte
sulle strade di Maceió.
Em Maceió, nas lojas de ferragens,
a noite chega ainda com o sol claro
nas ruas ardentes. Mais uma vez o silêncio
virá incomodar os alagoanos. O escorpião
reclamará um refúgio no mundo desolado.
E o amor se abrirá como se abrem as conchas
nos terraços do mar, entre os sargaços.
Nas prateleiras, os utensílios estremecem
quando as portas se cerram com estridor.
Chaves-de-fenda, porcas, parafusos,
o que fecha e o que abre se reúnem
como uma promessa de constelação. E só então é noite
nas ruas de Maceió.