Nuova collaborazione Casa della poesia e il Fatto Quotidiano
04/04/2011

Tisane. 84

Tisane. 84 Tisanas. 84
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C’era una volta una creatura che ogni volta che parlava le parole non scomparivano. Le camminavano proprio davanti o rimanevano lì e non scomparivano. Quando lei rincasava le parole lì stavano. Sull’uscio di casa delle altre creature tutti i giorni al mattino le parole riempivano i bidoni sino all'orlo e talune rotolavano persino a terra mentre in casa di quella creatura le parole non morivano. Riempivano tutta la casa e pure l’aria aveva parole intere. Allora un giorno la creatura comprese che facile è la sincerità e quando qualcuno dice che gli piacerebbe ritirarsi dentro un’arancia per dormire in verità un acino d’uva sarebbe sufficiente.
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Era uma vez uma criatura que cada vez que falava as palavras não desapareciam. Caminhavam mesmo à sua frente ou então ficavam ali e não desapareciam. Quando ela voltava a casa as palavras estavam lá. À porta de casa das outras criaturas todos os dias de manhã as palavras usadas enchiam os caixotes até cima e algumas caíam mesmo para o chão mas em casa daquela criatura as palavras não morriam. Enchiam toda a casa e até o ar tinha palavras inteiras. Então um dia a criatura compreendeu que a sinceridade é que é facil e quando alguém diz que gostaria de se retirar para dentro duma laranja para dormir na verdade um bago de uva seria suficiente.